Novos esquemas de drogas com ação antiviral direta estão disponíveis com altas taxas de resposta e índices de cura acima de 95%.
O que deve ser feito após o tratamento em relação ao acompanhamento do fígado ?

Existem várias situações conforme a doença e o tipo de paciente :

1) pacientes não cirróticos de baixo risco de recorrência da doença – são aqueles monoinfectados, ou seja, que apresentavam hepatite C sem nenhuma outra doença viral associada e sem uma situação de vida de exposição a novas contaminações como por exemplo pode ocorrer em profissionais do sexo, presidiários, usuários de drogas, exposições frequentes a tatuagens , etc …

Nestes pacientes, após verificação da resposta virológica sustentada, novas coletas de carga viral com 6 meses e 1 ano são suficientes para se definir a cura e não serão mais necessárias novas cargas virais se não houver nenhuma situação que indique essa necessidade como risco de exposição ou elevação de transaminases ;

2) pacientes não cirróticos de alto risco – a carga viral deve ser realizada anualmente ou se enzimas hepáticas se elevarem ou se houver exposição ;

3) pacientes cirróticos – idem 1 e 2 em relação à carga viral mas cuidados com os riscos da cirrose serão eternos , devendo-se fazer prevenção de sangramento de varizes de esôfago conforme achados endoscópicos e rastreamento semestral de hepatocarcinoma.

(Norah Terrault – Universidade da Califórnia).