Dosagem de alfafetoproteínas em pacientes com cirrose hepática: o risco de desenvolvimento de hepatocarcinoma (HCC) em cirróticos varia de 3 a 7% ao ano, o que significa que quanto maior o tempo de cirrose maior o risco desta complicação. A conduta padronizada para detecção precoce do HCC são a realização de ultrassonografia (US) e a dosagem de alfafetoproteína (AFP) a cada 6 meses em todos os portadores de doenças hepáticas crônicas. Estudos recentes têm demonstrado que em fases precoces do HCC (menor que 3 cm), quando as alternativas terapêuticas são várias com altos percentuais de cura, a dosagem de AFP é normal em mais da metade dos pacientes. Os grupos americanos e europeus têm então dado muito mais importância aos métodos de imagem que à dosagem de AFP no acompanhamento dos cirróticos e o exame mais utilizado ainda é a US. Entretanto, a qualidade da US depende muito do equipamento utilizado e, mais do que isto, da capacidade do operador, ou seja, do médico radiologista. Portanto, pacientes portadores de hepatopatias crônicas, principalmente aqueles que já estão na fase cirrótica, devem realizar semestralmente US em centros especializados indicados pelo seu hepatologista.

(Publicado pelo Italian Liver Cancer Group em outubro de 2012).