A prospective, multi-institution assessment of irreversible electroporation for treatment of locally advanced pancreatic adenocarcinoma: initial outcomes from the AHPBA pancreatic registry
Michelle M. Holland1 , Neal Bhutiani1 , Edward J. Kruse2 , Matthew J. Weiss3 , John D. Christein4 , Rebekah R. White5 , Kai-Wen Huang6 & Robert C.G. Martin II
HPB 2019, 21, 1024–1031
Eletroporação irreversível (IRE) é uma tecnologia de ablação que utiliza pulsos curtos elétricos de alta voltagem para ablação de tecidos .
É realizada através da colocação de eletrodos no tecido alvo, que liberam 90 pulsos de 1000 a 3000 V/cmDC de energia entre os eletrodos, levando a morte cellular pela criação de microporosidades nas membranas celulares.
Trata-se de uma forma não térmica de ablação que permite o tratamento de lesões próximas a estruturas vasculares e biliares sem prejuízo das mesmas .
IRE é o único tratamento ablativo com método não térmico que tem se mostrado seguro.
Estudo multicêntrico Americano incluiu 152 pacientes com idade médica 62 anos e portadores de adenocarcinoma de pâncreas que tiveram resposta a neoadjuvância , com tumores entre 0,8 e 5,4 cm (media 2,7 cm) , 95% deles com invasão vascular , 42% com radioterapia prévia. O tempo médio de procedimento foi 176 min e de permanência hospitalar 7 dias.
O tempo de sobrevida livre de progressão de doença foi de 22,8 m e o tempo médio de sobrevida global foi 30,7 m (0,2 a 68,3) .
IRE foi feito utilizando-se técnica aberta .
Após seguimento médio de 19 meses do diagnóstico, 21% dos pacientes mostravam recidiva , 6% recidivas locais e 18% recidivas distantes.
Os resultados deste estudo dão suporte a IRE como parte do tratamento multimodal do adenocarcinoma de pâncreas localmente avançado, com mortalidade associada ao procedimento de 1%.
Apenas 1 estudo havia mostrado sobrevida global media de 27 m com a técnica percutânea, não sendo reproduzido em outros estudos que alcançaram sobrevidas globais medias de 11 a 13 meses x 27 a 30 meses com a técnica aberta.
A combinação de IRE e tratamento sistêmico mostrou-se segura, com poucos efeitos adversos.