Algumas informações sobre transplante de fígado e alguns esclarecimentos sobre câncer de pâncreas.

O transplante de fígado está aumentando em número no Brasil, novos serviços estão surgindo longe dos grandes centros, mas ainda estamos muito aquém das nossas necessidades, realizando apenas 30% dos transplantes necessários para atender a necessidade da população.

O transplante de fígado pode tratar o câncer primário de fígado mas raramente o câncer metastático.

Setembro Verde, o mês da doação de órgãos!

Sem doação não existe transplante!

Pense sobre isso e converse com a sua família.

O câncer de pâncreas é o maior desafio da oncologia atual, sendo o mais letal entre todos os tipos de câncer que comprometem o ser humano.

Estima-se que em 2030 esta doença alcance a marca de segunda maior causa de morte por câncer na população.

E por que está crescendo e cada vez mais aparecendo em pessoas mais jovens?

Essa resposta ainda não está clara, mas o pâncreas é o órgão da qualidade de vida, e o câncer de pâncreas parece ser a doença da “vida moderna”, sem qualidade, com má alimentação baseada em muita ingesta de carboidratos (massas, açúcar, refrigerantes, doces), bebidas alcoólicas, carne vermelha, poucas frutas, verduras e legumes, sedentarismo, obesidade, “stress”, poluição ou tabagismo, poucas horas de sono.

O que é melhor no seu tratamento? Medicina tradicional (oncologia clássica e cirurgia)? Medicina Integrativa (“alternativa”)?

Enquanto segue essa discussão interminável entre os adeptos a cada uma destas terapêuticas, os pacientes ficam perdidos no meio das divergentes opiniões de cada um e a doença segue vencendo.

Em toda oncologia, a ciência comprova a superioridade dos tratamentos convencionais, mas 80% dos pacientes procuram tratamentos alternativos.

O câncer de pâncreas não foge a esta regra, é multifatorial e precisa ser tratado como tal. Medidas integrativas (dieta adequada, controle metabólico e psicológico além de outras intervenções) devem ser associadas às terapias oncológicas convencionais e desta forma tentar oferecer maior tolerância ao tratamento e melhores resultados ao paciente.

Entretanto, a solução, além da mudança do estilo de vida, está nos exames preventivos e nas pesquisas básicas, realizadas nos laboratórios por cientistas e alunos de pós-graduação de biologia, farmácia, genética, imunologia e outras áreas afins. Infelizmente, a pesquisa básica é muito pouco valorizada e pouco existe a integração necessária entre as áreas de pesquisa e clínica.

O transplante de pâncreas não se aplica ao tratamento do câncer do pâncreas pois a imunossupressão utilizada contra a rejeição pode disseminar a doença.