Tumor benigno do fígado, 8 vezes mais frequentes em mulheres que em homens, pouco relacionados a idade reprodutiva e uso de anticoncepcionais orais (ACO).

Os principais diagnósticos diferenciais são adenoma e hepatocarcinoma fibrolamelar.

A associação de métodos de imagem permite sensibilidade e especificidade superiores a 90% no diagnóstico de HNF.

Ressonância Nuclear Magnética (RNM) com contraste é o exame mais sensível.

O tratamento cirúrgico é indicado em pacientes assintomáticos e quando existe dúvida no diagnóstico.

A biópsia da lesão não tem sido uma boa alternativa quando persiste dúvidas diagnósticas após exames de imagem. A histologia nestes casos pode não esclarecer a etiologia da lesão não compensando os riscos que a biópsia envolve.

Estudo realizado por Belghiti em 1993 mostrou 6% de malignidade nas lesões ressecadas com suspeitas de HNF mas diagnóstico não confirmado.

Estudos mostram que as HNF geralmente mantêm-se estáveis durante seu seguimento, sem alterações do seus tamanhos, apesar do fato de 20 a 25% poderem desenvolver algum sintoma ao longo de sua evolução.

A ocorrência de sintomas é uma indicação cirúrgica controversa. Apesar de alguns estudos mostrarem 100% de resolução dos sintomas, seguimentos de longo prazo com conduta conservadora mostram cerca de 80% de resolução dos sintomas sem intervenção.

A era das ressecções hepaticas laparoscópicas tem aumentado o número de ressecções de HNF, mas só existe justificativa para ressecção quando existe dúvida diagnóstica principalmente após a realização de RNM com contraste.

HPB junho 2014