De todo o volume tumoral dos pacientes com adenocarcinoma de pâncreas, 10 a 40% apenas são células tumorais e o restante é estroma, um tecido inflamatório com diversos tipos de células, principalmente monócitos e células esteladas.

Estudo da Universidade de Harvard publicado na edição de abril da HPB, mostra que maiores densidades inflamatórias deste estroma são relacionadas a melhores prognósticos.

Neste mesmo estudo, os resultados iniciais de 36 pacientes que receberam vacina anti-tumoral específica para tumor de pâncreas mostraram benefício em termos de sobrevida.

Várias drogas novas estão sendo desenvolvidas tendo como metas a destruição de alvos no estroma do tumor de pâncreas, e uma delas é a hialurinidase, proteína que destrói parte do colágeno e com isso evita o desenvolvimento deste processo inflamatório.

O fato é que o microambiente no qual desenvolve as células tumorais é hipoxêmico, inflamado, acidótico e repleto de células inflamatórias que devem dar suporte e proteção às células tumorais e na mudança deste microambiente estará o objetivo principal das ações terapêuticas para a cura desta doença.

HPB, abril 2015.