A radioablação é um procedimento menos invasivo que a ressecção cirúrgica com bons resultados de longo prazo quando empregada no tratamento de pacientes com hepatocarcinoma em fase inicial.

Estudo realizado em Wisconsin (EUA), analisou 2855 pacientes cirróticos portadores de hepatocarcinoma solitário menor que 3 cm, submetidos a radioablação (n=1984) e ressecção cirúrgica (n=871).

Os grupos de pacientes apresentavam idades semelhantes e foram comparados ajustando-se o mesmo grau de gravidade da cirrose, e a maioria era do sexo masculino nos dois grupos.

A taxa de sobrevida global em 3 e 5 anos foi de 67% e 55% nos casos tratados por ressecção e de 52% e 36% nos casos tratados por radioablação.

Após análise multivariada, a ressecção foi fator independente associado a maior sobrevida.

Apesar de mais invasiva, a ressecção de hepatocarcinomas menores que 3 cm resultam em melhores sobrevidas de longo prazo quando comparadas a radioablação.

Ressecção cirúrgica deve ser a primeira opção em pacientes com cirrose hepática compensada portadores de hepatocarcinoma menor que 3 cm, reservando-se a radioablação para casos de pacientes sem condições cirúrgicas.

HPB – Miura e cols, março 2015